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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

Aguenta, aguenta!

30.03.21

Por vezes, os meus amigos acasalados - faço isto parecer como se fosse uma doença, porque efetivamente, é - ligam-me e procuram auxílio para as suas aflições mais íntimas e profundas, perguntando como é que eu aguento desde o início da pandemia sem sexo. Com isto fico a saber duas coisas: Uma - que não estão a ter sexo em casa. Duas - que não sabem o que fazer com a exposição excessiva a um deserto sexual de aridez extrema. Se fosse um daqueles amigos das frases-feitas-que-fazem-pausa-na-aflição diria certamente outra coisa. Não diria que é efetivamente muito fácil porque vivo sozinho e tenho um síndrome muito particular de hipocondria direcionada para vírus desde que vi o "12 Macacos". Que seria impossível de suportar se estivesse a viver em confinamento com o alvo do meu desejo. Aí o coração deles pára e sentem-se momentaneamente revoltados e injustiçados. Sinto um esgar de “não posso aguentar mais isto!”. Mas depois remato com um sempre pacificador: “Mas que percebo eu de relações? A minha maior relação foi com uma garrafa de Macallan Sherry Oak 25 anos”, e aí as suas expressões apaziguam-se acenando afirmativamente as suas cabecinhas de cordeiros: “Sim, pffff, que percebes tu de relações. Sabes lá tu o que é preciso para aguentar uma relação? Tu não percebes nada disto”. A forma como passei de sábio iluminador digno de ser consultado no início da conversa, para insultado como pulha que não entende a complexidade de uma relação interpessoal de índole amorosa, é estranhamente divertida. Já o uso do verbo “aguentar” uma relação é profundamente revelador. Pelo menos para mim. Depois começam todos altivos a gozar comigo por não pinar desde o início da pandemia, que eles, ainda assim, vão molhando a sopa ocasionalmente na sua digníssima senhora ou no seu honrado mais que tudo. A expressão “molhar a sopa” ajuda a não sentir muita inveja, muito provavelmente porque ainda gosto menos de sopa do que da ideia de sexo conjugal. Bem... juntam-se os dois e só se estraga uma expressão popular. É aqui que tento explicar que com uma imaginação fluída e maleável mais centrada em sexualidade do que em sexo, consigo *aguentar mais uns meses de confinamento sexual e incito-os à devassidão moral do pensamento íntimo com frases de ordem literária: “O exílio do imaginário é uma espécie de longa insónia” e coisas assim, mas sem grande sucesso.
Aqui, já é um uso correto do verbo *aguentar, pois só se aguenta uma situação que tem prazo, ainda que incerto. Certo? Mas na verdade, que percebo eu de relações? A minha maior relação foi com uma elegante e bem torneada garrafa de whisky Macallan Sherry Oak 25 anos, que ainda hoje me deixa de boca aveludada só de me lembrar dela e das épicas pinadas sob a bebedeira singular que só um whisky destes consegue proporcionar.

Sensibilidade de gnu

25.03.21

Há uns anos estive presente num encontro de bloggers numa danceteria, que apenas tinha uma regra: Ninguém revelava a sua identidade de blogger. Sabíamos quem estava lá, mas estávamos a brincar um pouco ao “Quem é Quem?” da vida real. Estava eu encostado ao bar a beber o meu whisky quando uma das participantes se achega de mim e pergunta: "O que estás a beber?" Movimento contínuo, dou um trago no pouco que resta do veneno protoplástico que tenho no copo e respondo: “Agora nada.” Enquanto gajo que tenta promover a igualdade de género, abro sempre a janela para a iniciativa de uma mulher me pagar uma bebida. Não que seja um crava-copos, certamente paguei mais bebidas do que o contrário, mas gosto de criar oportunidades para a igualdade. Esta aproveitou a deixa para se emancipar e pediu duas bebidas. A conversa fluía quase tão bem como o Pacheco costuma fluir traqueias abaixo, até que ela me informa que vai ao quarto de banho. Dado o avançar da hora e da conversa, imagino que tenha ido retocar a maquilhagem da pachacha. Talvez emendar um ou outro detalhe do vajazzling que lhe deve estar a enfeitar o papo de chona, penso eu. O Carnaval social já chegou à patareca, bem sei que eu cá ando atento às modas e tendências pachachais. Nisto, tendo ficado momentaneamente sozinho, uma magana assim daquelas todas ruivas apanha a aberta - uma coisa em que o Patife é especialista, diga-se – senta-se ao meu lado no balcão do bar e diz solenemente: "Eu sei que tu és o Patife." Olho-lhe nos olhos e percebo que ela sabe o que está a dizer e que ela sabe que eu sei que ela sabe o que está a dizer. Há um momento solene, intenso e quase simbiótico, em que tudo o resto parece ficar em câmara lenta, olhos de esperança inflamam-se como se queimassem tudo ao nosso redor, os corpos magnetizam-se, como se eu fosse um íman e ela um frágil metal em dificuldades... até o momento ser quebrado pela verborreia do Patife. Assim que vislumbro a outra a sair da casa de banho e a dirigir-se nós, comento em tom profundamente pomposo e com voz de radiofónica: “Terás de esperar pela tua vez, mas podes vir a ser uma das gajas que o Patife fez.” Não gostou. Percebo que deva ser daquelas que vê novelas portuguesas e tragicomédias românticas americanas ao domingo à tarde no momento em que me atira a bebida à cara antes de me virar costas. A falta de originalidade desmotiva-me a gaita. A outra, que entretanto chega do quarto de banho, assiste a todo o enredo e pensa que o Patife se estava a atirar à ruiva, recriminando o comportamento com a cabeça. Bem sei que as meias-verdades são a moeda comum do pensamento, por isso sei o que ela está a especular e nem tento esboçar uma explicação para ver se dou finalmente uso ao salpicão. É o que se paga por ter uma sensibilidade de gnu, próprio de quem gosta muito de ir ao cu.

A Foda dos Dentes

21.03.21

Não tinha propriamente ar de fada, mas adivinhava-se à distância o mar de foda que aquela pachacha já tinha navegado. Por norma isso não me importa, e naquela noite também não foi diferente. Penso sempre que uma pachacha ginasticada com muitos quilómetros de picha no conta-fodómetro estará mais apta a conseguir acomodar esta pequena monstruosidade que habita entre as minhas pernas e a aguentar uma portentosa tareia de pirilau com um frenético ritmo de bombada. Por isso, foi a pensar exclusivamente em ser aviado por uma glutona da chona que aceitei ir para casa da moça. O problema foi quando se armou em artista do chupanço e quando abre a boca toda, apresenta uma dentição digna de um crocodilo. Qual garganeira do oral, lançou-se ao Pacheco como se não tivesse uma picha na boca há meses. Ou então tinha apenas vício de boca, certo é que me saltou à corneta sem deixar espaço para lhe dizer que não. Que alarve sofreguidão oral. Devia ter percebido no que me estava a meter se a tivesse analisado pelos dentes como se faz aos cavalos. Toma lá que é para aprenderes, Patife. Acabou por ser uma autêntica foda dos dentes, tal a selvajaria do seu entusiasmo. Não teria grande mal se na manhã seguinte acordasse com uma prenda por baixo da almofada. Mas acordei foi com uma fenda por baixo da picha.

Do falo à falácia

18.03.21

Isto de andar sem dar uso ao falo faz-me enervar com coisas de forma algo aleatória. Não é este o caso, porque sabem bem que fico com urticária psicossomática sempre que brincam com a língua portuguesa. Esta semana deparei-me com o uso recorrente do conceito falácia, usado como um mero sinónimo, mais elevado porém, de mentira. Ouvi na televisão por duas vezes, e ontem, em conversa, uma amiga contava-me as zangas com o marido e desbarata: "Ele diz que me ama mas isso é uma falácia”. Três vezes numa semana é o meu limite por isso perguntei meio gozão: “Uma falácia, qual? E de que ordem?”  Ela é de ciências, não sei bem o que fazem as pessoas de ciências, mas certamente não é perder tempo a identificar paralogismos em discussões conjugais e sofismas em conversas de café. Por isso acalmo-me e como também não sei distinguir um glóbulo vermelho de uma plaqueta, explico calmamente que uma falácia não é necessariamente uma mentira, mas um raciocínio erróneo e logicamente inconsistente que aparenta ter, para o ouvido destreinado, uma argumentação sustentada e válida. Acho que ela não me ouviu porque continua a vociferar: “Ele faz de propósito! Eu sei que ele faz de propósito!” Apanho a deixa e acrescento que as falácias que são cometidas involuntariamente designam-se por paralogismos e as que são produzidas de forma a confundir intencionalmente alguém numa discussão chamam-se sofismas. Ela continua a argumentar com base unicamente no que sente. E eu continuo somo se estivesse num teste oral: “Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas são desprovidos de validade lógica”. Explico-lhe que é importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação do seu-mais-que-tudo durante uma discussão. Depois decide contar-me a última discussão conjugal ao detalhe, expondo as fragilidades emocionais e de raciocínio de ambos em contexto de relação. Por momentos penso que tive menos intimidade com a maioria das raparigas com que fui para a cama. Enquanto solteirão inveterado devia ser poupado a isto. Mas os amigos são para estas ocasiões, por isso, com base nas discussões que me relatou, identifiquei três falácias recorrentes, que me aprontei a recordar-lhe e que partilho para todos os casadinhos deste mundo:

Derrapagem (bola de neve)

Para demonstrar que uma proposição é inaceitável, apontam-se consequências negativas dessa proposição e consequências das consequências. Mas as consequências são hipotéticas e de probabilidade pouco elevada. A falsidade de uma ou mais premissas é ocultada pelo operador proposicional “se... então...” que constitui o todo do argumento.

Exemplo teórico: Nunca deves jogar às cartas. Se começares a jogar às cartas verás que é difícil deixar o jogo. Em breve estarás a perder todo o teu dinheiro no jogo e, inclusivamente, podes virar-te para o crime e para as drogas para pagar as dívidas.

Exemplo empírico à Patife: "Ai, não. Se metes isso tudo dentro da minha coninha apertadinha vou ficar tão estragadinha da pachachinha que não vou conseguir voltar a pinar com outro homem ou vou ficar com a bocarra da chona tão lassa para o resto da vida que não volto a ter prazer sexual."

Na prática: Peguei, trinquei e meti-o na fresta. Riu-se e dei-lhe a volta à cabeça. Continua a ter prazer sexual com outros homens, porém não tanto como com o Patife.

Falso dilema

É dado um limitado número de opções (por norma duas), quando de facto há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador “ou”. Colocar as opiniões em termos de “ou sim ou sopas” gera, com frequência esta falácia.

Exemplo teórico: Ou concordas comigo ou não. (Porque se pode concordar parcialmente.)

Exemplo empírico à Patife: "Ou ela, ou eu!"

Na prática: Foram as duas nessa noite. E foram-se as duas nessa noite. Sempre juntas. Nunca uma ou outra.

Argumentum ad hominem

Ataca-se a pessoa que apresentou um argumento e não o argumento apresentado.

Exemplo teórico: Podes dizer que Deus não existe mas estás apenas a seguir a moda porque não tens opinião própria.

Exemplo empírico: "Tu não percebes nada porque só pensas em pinar!"

Na prática: Só é efectivamente uma falácia porque, apesar de grunho da picha, percebo muito disso do pinar. De tudo o resto, percebo muito pouco ou mesmo quase nada.

Diário de Bordas do Patife VI

16.03.21

Um dia do diário de bordas do Patife transcrito sem censuras, sem espartilhos dos bons-costumes, nem grilhões da consciência ou amarras da razão. Não será o medo da loucura que me fará arrear a bandeira do tesão. Hasteada na ponta mais alta do meu sardão.

11 de Março

Gostava que os maridões desta vida tivessem noção que a maioria das mulheres que pino é casada. No meio de tanto fornicanço, sou capaz de ser a pessoa mais honesta que já passou em todos os lençóis de esconjuro por onde já pinei. Pelo menos não estou a enganar ninguém, além de mim próprio. (Esta foi tão profunda, que cheguei mesmo a soltar uma pequenina lágrima de meita da gaita).

Hoje recebi uma mensagem de um engate e quase que fiquei com o sardão derretido. Enfim, um dia da caça, outro do caçador.

O apressado come cru. A apressada come no cu. Check.

A minha picha ajuda quem cedo madruga. E também acode quem pouco dorme.

Durante a semana recebi vários convites de fodas passadas para voltar a pinar. Mas fodas passadas não movem o meu moinho.

Esta serigaita só não tinha completamente ar de vaca porque ainda mantinha um certo ar juvenil e inocente. Por momentos fiquei a pensar na sorte da bezerra.

De boas intenções está a minha cama cheia. De meita também.

Este mês escrevi 174 vezes a palavra meita. Devo ter tanta cá dentro contida pela pandemia que me transborda ilegível pelos dedos e pela boca. Com tanta meita ainda inicio uma seita.

 

Da série “Diário de Bordas do Patife”:

Diário de Bordas do Patife I
Diário de Bordas do Patife II
Diário de Bordas do Patife III
Diário de Bordas do Patife IV
Diário de Bordas do Patife V

Diz-me o teu signo, dir-te-ei como te pino

12.03.21

Assumo não saber o nome da maioria das mafarricas que passou pela minha cama, mas sou capaz de saber qual o signo do Zodíaco a que todas pertencem. Não que me interesse por astrologia, mas todas decidiram partilhar comigo essa informação e informação é poder.

Este conjunto de informação zodiacal pré-pinada, aparentemente irrelevante, (uma contou-me o seu signo a meia-foda, mas prefiro não recordar agora esse momento) está revestido de um conhecimento profundo sobre certos padrões de comportamento sexual partilhados pelos mesmos signos do Zodíaco.

Após meses em confinamento a analisar a informação e a correlacionar tipos de pranchadas por signo, estou neste momento em condições de apresentar os resultados sobre a minha mais recente teoria de abordagem empírica. Esta tese estabelece uma correlação directa, e altamente fiável, entre o signo que as mulheres têm e a forma como gostam de fornicar. O estudo foi feito com base em 784 inquéritos Pachecais, realizados à boca da chona e feitos presencialmente por via nabal. O grau de confiança é quase tão grande como o meu Pacheco. Eis as principais conclusões da teoria: “Diz-me o teu signo, dir-te-ei como te pino”:

A Mulher Carneiro
É dotada de uma resistência e energia sexual fora de série e nunca se deixa vencer pelo cansaço de uma longa maratona de festa rija na cama. Pina como vive: intensamente e “a mil à hora”, capaz de deixar um nabo completamente esfrangalhado. Depois de ser aviado por uma Mulher Carneiro é certo que ficará com a rosca toda moída. Quer ser respeitada logo após a cavalgada, ainda a escorrer meita pelos lábios da senisga, o que lhe pode retirar alguma credibilidade momentânea. Confunde facilmente sexo com emoções e por isso tem desilusões afectivas amiúde.

Acção recomendada: É fugir antes de ficar com a gaita estragada e ela com a alma engatada.

A Mulher Touro
Até a foder querem estar na moda, sempre à procura da última tendência neste grande jogo das pinadas sociais. São tão vaidosas que ter um espelho por perto estimula-as ao ponto de ficaram molhadas só de vislumbrar o seu próprio reflexo. Falam e gritam sem pensar durante o sexo, mas arrependem-se mais tarde. Se teimam que te vão saltar com a boca à corneta, nada as demove. Uma espécie de magnetismo nabo-bocal.

Acção recomendada: Lembram-se do que aconteceu a Narciso, certo? Contudo, “Quem mamadas recusar, ao Inferno vai parar”.

A Mulher Gémeos
Tudo o que for foder de forma pouco convencional atrai a nativa deste signo, pois a sua personalidade curiosa faz dela uma fodilhona informada sobre diversas posições e brincadeiras sexuais. A versatilidade é uma das suas características principais e se puder introduzir um strap-on no vosso imaginário sexual, é certo que o introduz quase tão rápido como to introduz rabo acima. É muito independente e prática, sem grandes expectactivas de trocas de juras de amor pós-coital, preferindo estar com pessoas de mentalidade livre, fluída e maleável.

Acção recomendada: É pinar até rebentar, seus patifes.

A Mulher Caranguejo
A mulher que nasceu sob este signo é sensual e sedutora, e faz os impossíveis para agradar ao seu parceiro sexual. Precisa muito da aprovação masculina e por isso alinha em tudo. Mas desengane-se quem pensa que a nativa de caranguejo é uma devassa da pachacha, uma frenética da patareca, uma destrabelhada da rata. A mulher Caranguejo pina secretamente em busca de um príncipe encantado e constrói o seu castelo de nuvens idílico e artificial, onde tudo é belo. Por muita carga de bombada que receba bardanasca adentro, a Mulher Caranguejo exige carinho e atenção antes, durante, e depois da cambalhota sexual.

Acção recomendada: Nunca berlaitar uma mulher destas a não ser que tenham boas intenções, daquelas que o Inferno está cheio.

A Mulher Leão
As nativas deste signo possuem uma imaginação fértil e são capazes de levar o homem mais experiente à loucura. Adoram ser o centro das atenções e assumem uma postura sedutora e provocante em cada momento. Quanto mais atenção têm, mais se excitam. Gostam de falar alto ao ritmo do vaivém corporal e de ouvir palavrões durante o pirafo. A Mulher Leão quer estar sempre sobre o controlo da situação e precisa de sentir que é a caçadora e não a presa. Gosta de ter uma ventoinha ligada a soprar-lhe vento sobre a juba esvoaçante enquanto cavalga por cima do parceiro.

Acção recomendada: Se gostam de uma mulher que tome a iniciativa sexual e vos desvende novos mundos, e quem sabe novos fundos, esta é a escolha ideal.

A Mulher Virgem
As mulheres do signo Virgem gostam de fornicar de forma organizada, estável e responsável. Não pinam bêbadas, tão pouco sem preservativo, nem com a desculpa de que “é só a cabecinha”. Durante o festim sexual estão sempre ligadas ao mundo real, observando e analisando cada movimento, mais parecendo biólogas a tentar catalogar o comportamento das espécies animais. Não são exibicionistas e não apreciam tirar a roupa toda na hora de fornicar.

Acção recomendada: Para apreciadores de quecas enfadonhas e que não passem do primeiro nível de deboche, é uma opção segura. Contudo, pouco entusiasmante para pinadores mais experientes. É o típico filme sexual de domingo à tarde.

A Mulher Balança
Charmosa e fogosa, normalmente, não se priva dos seus prazeres. Gosta de ser surpreendida, de ser acariciada e de se sentir única. Fode com classe e elevação, envolta em sensualidade. Faz a melhor mamada do Zodíaco, certamente pela arte inata no balancear do pescoço, próprio das nativas deste signo. É merecedora do troféu “Corneta de Ouro” do Patife.

Acção recomendada: É de alta manutenção, mas dá alto tesão.

A Mulher Escorpião
As nativas do signo Escorpião representam o lado mais misterioso das quecas do Zodíaco. São naturalmente sedutoras e profundamente sexuais. Fazem pocinha na cuequinha a vários momentos do dia. Procuram projetar sexualmente uma aura de mistério, e de conduzir o rumo do pinanço para ações mais ousadas e rocambolescas. Fodem por instinto e não permitem que lhes amputem a beleza de seguir o acto impulsivo. São as quecas-Kinder do Zodíaco. São sempre uma surpresa.

Acção recomendada: Para quem gosta de emoção é abrir e esperar para ver o que vai sair dali. O que vai entrar já se sabe.

A Mulher Sagitário
É uma carrossel de emoções sexuais. Fode a 100 estados de espírito por minuto e vai do riso descontrolado às lágrimas mais rapidamente do que consigo mudar de preservativo. As suas súbitas alterações de humor podem passar de aficionada do anal a púdica do oral e vice-versa em menos de nada. Para a nativa de Sagitário, anal é o melhor remédio para a tosse.

Acção recomendada: O par ideal para uma noite diferente, intensa e surpreendente.

A Mulher Capricórnio
Possui um olhar vago, misterioso e hesitante, até nos apercebermos que apenas se esqueceu das lentes de contacto em casa. A sua pinada é demasiado séria e parece que lhe custa divertir-se e soltar-se. Sempre solícita para abocanhar a trombeta, que executa de forma a fazer corar de vergonha qualquer arauto da racionalização do trabalho, mas espera ser sugada em troca. A queca é quase um contrato sexual em que ninguém pode ficar a perder... a não ser a espontaneidade.

Acção recomendada: Nos Tempos Modernos já não se pina assim. É uma queca old-school em desuso.

A Mulher Aquário
Está sempre pronta a aprender e a conhecer novas sensações e outras formas de devassidão. Quer conhecer-se melhor intimamente e por isso explora todas as sensações malandrecas que lhe são apresentadas. Gosta de experimentar coisas novas e de foder de olhos fechados. Fica ofendida se levar umas palmadas no rabo.

Acção recomendada: Apenas aconselhável para quem consegue controlar as mãos de se aventurarem num festim de nalgadas.

A Mulher Peixes
Carinhosas e apaixonadas, são a experiência mais sensorial de todo o Zodíaco. Entregam-se ao deboche com muita facilidade, mas são algo inseguras e precisam de ser incentivadas constantemente com palavras de ânimo e validações constantes. Gostam de beijar na boca e de fornicar devagarinho e de forma fofinha. São dengosas desde a curva dos lábios até ao papo da chona. As nativas de peixes fornicam come se estivessem num filme de Hollywood ou num conto de fadas, passando por um misto de sentimentos que vão de amada a desprezada, passando por envergonhada e tarada.

Acção recomendada: Para enfadonha já basta a vida, certo?

Da série "Estudos Empíricos":

Diz-me o que comes, dir-te-ei como fodes
Diz-me a tua cor de cuecas, dir-te-ei como quecas
Diz-me a tua profissão, dir-te-ei como montas o sardão
Diz-me como bebes o café, dir-te-ei como fazes o banzé

Montanha-Russa de Prazer

09.03.21

Pela primeira vez na minha vida, tive um micro segundo de lamento por não ter uma relação fixa. Para o espírito de marinheiro sexual que tem uma mulher, não em cada porto,mas em cada porta, esta coisa da pandemia não veio nada a calhar. Estando o Patife a seguir estoicamente as recomendações sociais para não contribuir para o expandir da pandemia, já não expando a picha desde março do ano passado. Um ano sem expansão marítimo-fálica por entre os oceanos de prazer de uma simples pachachinha. Por instantes, penso nos homens comprometidos enfiados em casa com as suas excelsas e dedicadas senhoras. Imagino a carga de bombada diária que devem ter para, em união profunda, aplacarem em uníssono as ansiedades pandémicas e libertarem as frustrações do corpo e da mente num carrossel de sexualidade extrema. Imagino que se vivesse com uma mulher durante estes tempos de pandemia, pinaria de manhã, fornicaria de tarde, prancharia de noite e enfardaria piqueniques de pachacha algures no nevoeiro da madrugada. É que está mesmo à mão de se mamar. Seria toda uma montanha-russa de prazeres terrenos. Imagino que os amantizados estejam a redescobrir os seus desejos, a ensaiar novas empatias e intimidades, a explorar novas emoções, a partilhar cumplicidades sexuais, a tactear as traquinices do cérebro e da chona em cenário de privação de outros prazeres.

Poderia eu estar a fazer isto tudo se tivesse uma relação. Mas assim, limito-me a tentar equilibrar-me no traiçoeiro trapézio do tempo.

Entre nós e as pinadas

06.03.21

Esta noite estava ter dificuldade em adormecer. Então pus-me a pensar nas quecas que dei. Foram tantas pachachinhas para pinar que nem sei se me desate a rir, se me ate a chorar. Foi então que me lembrei que se o Patife e o Mário Cesariny fossem um só, haviam de ter escrito todo um poemário de inigualável singularidade sexurrealista. E se o Patife e o Cesariny fossem um só, teriam criado coisinhas poéticas lindas assim:

 

Entre nós e as pinadas há metal fundente
entre nós e as pinadas há corpos que dançam
e podem dar-nos sorte, confortar-nos, tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo

entre nós e as pinadas há perfis ardentes
pinadas cheias de gente de costas
altos decotes venenosos, conas por abrir
e mamas e fellatios e esperanças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha onde fornicamos
há pinadas de vida, há pinadas de morte
há pinadas imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há pinadas acesas como faróis
e há pinadas intimamente imaginadas

pinadas que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as pinadas, surdamente,
as mãos e as paredes em tremor

E há pinadas nocturnas, pinadas gemidos
pinadas que nos sobem ilegíveis à boca
pinadas diamantes, pinadas nunca escritas
pinadas impossíveis de escrever
por não termos connosco conas de violinos
nem todo o desejo do mundo, nem todo o amplexo do ar

e os dedos dos amantes escrevem
no soerguer dos corpos semi-quentes na madrugada
como se tivessem dedos de palavras
ou palavras nas extremidades dos dedos
palavras sensuais, só sombra, só soluço
só espasmos, só ardor, só solidão desfeita

Entre nós e as pinadas, os empinados,
e entre nós e as pinadas, o nosso dever pinar.

O espelho da memória

04.03.21

O Patife estudou as leis da química e da física, perdeu a virgindade ainda novo com uma militar do sexo feminino, levou muitas palmadas, mas deu muitas mais. Vende fantasias avulsas, faz do sexo uma doutrina verbal e rega-se todas as manhãs com sujidade mental. O Patife é parvo e tem a mania de falar mais do que fode, o que é um sarilho porque fode muito. Não bebe água da torneira mas gosta que lhe mamem na mangueira, escreve como quem fode, deseja ser invisível e sabe que um dia será idolatrado por milhões de mulheres em todo o mundo. Apesar de parvo é culto e quando não está no meio de mulheres está no meio dos livros. Por isso tem o sonho de fazer um threesome com a Rachel Weisz e com a primeira edição de “Humano, Demasiado Humano, um Livro para Espíritos Livres” do Nietzsche.

Com a pandemia, resta-me partilhar a memória, o espelho onde recordo as pinadas épicas de outrora.