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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

A biblioqueca

27.10.11
Às vezes penso em tornar-me uma pessoa séria. Depois começo a beber e a ideia passa. Pensava o mesmo sobre o tesão. Que começava a beber e o tesão passava. Enganei-me profundamente. O Pacheco está sempre arrebitado e a apontar para cima. Nunca vai para baixo. Até parece que se esqueceu de pagar a conta da lei da gravidade. Nunca me preocupei verdadeiramente com isto. Mas condiciona a minha conduta social. Não consigo estar sossegado num bar ou numa esplanada ou numa discoteca ou numa livraria ou numa fila do supermercado ou numa sala de espera ou numa biblioteca municipal. E foi exactamente numa biblioteca municipal que os nossos olhos se cruzaram. O facto de termos de estar em silêncio é só por si uma condicionante que conduz ao tesão. É impossível não ficar excitado dentro de uma biblioteca. É da excitação do clandestino. Acaba sempre em biblioqueca. As mulheres, essas matreiras, sabem disso. Por isso é que lá vão. Ontem apercebi-me disso muito rapidamente. Ela fingia ler, enrolando o lápis nos cabelos enquanto levantava o olhar vago como que a absorver conhecimento. Eu fui um bocadinho menos subtil. Fitei-a directamente como se a quisesse foder enquanto mordia os lábios e mostrava a saliência que emergia das minhas calças. Quando reparou ficou corada e atrapalhada. Parecia um patinho de borracha perdido num banho de espuma de sedução. Ela estava a ler um livro grosso, o que me deu confiança por saber que está habituada a manusear um grande calhamaço. Assim que passei perto dela e lhe soprei “vamos”, ela estremeceu e com a atrapalhação rasgou a página que estava a folhear. Mas veio. Oh se se veio.

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