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Fode Fode Patife

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A Caramela

12.09.11
Se há coisa que me toca no coração e me coloca em contacto com o meu lado mais sensível é sentar-me numa esplanada do Chiado em tempo de Verão. Aquilo é um festim para os sentidos. Mamas aos saltos, vestidos com decotes, decotes com vestidos, pernas em barda, festas em bordas, peles bronzeadas, cabelos soltos e aquela sensação tipicamente veraneante de que tudo pode acontecer. Mas claro que depois há sempre alguém que abusa. Foi assim que conheci a Caramela. Teve a audácia de bambolear pelo Chiado a chupar caramelo o que, só por si, já é uma clara invocação de pinanço. Só que ela chupava caramelo com um misto de arte e sofreguidão, só ao alcance de quem tem uma fixação neurótica por meter a boca no trombone. Há muitas assim, cujo Santo Graal sexual é enfiar uma picha pela goela adentro e ficar por ali horas. Se possível até gostam de adormecer com ela enroladinha dentro da boquinha, mas eu não me meto nisso pois há por aí muito boa gente que sofre de bruxismo. Mas para todas essas há um denominador comum que as evidencia do resto da multidão: A forma como chupam um caramelo. Elas sabem disso mas eu também. Por isso quando a vejo a descer o Chiado toda lampeira, a dar voltas e voltas e mais voltas ao caramelo dentro da boquinha fresca, depressa desconfiei que aquilo era um incitamento fálico-brocheiro. Não me enganei, uma vez que meia hora depois a Caramela já estava a esfolar os joelhos no irregular soalho de madeira do meu quarto, enquanto dava à língua. É, de longe, o tipo de conversa que mais aprecio: a conversa enfiada.

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