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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

A chupinha de massa

05.05.11
Ontem aviei uma sopinha de massa. Há qualquer coisa de encantador numa mulher que não consegue dizer os ésses. Por isso convidei-a para jantar, já com uma ideia fisgada. Na minha cabeça estava tudo preparado minuciosamente para um petisco de pachacha. E o plano era este: No início da refeição, e de menu na mão, perguntava-lhe delicadamente se ela queria uma sopinha, só para a ouvir responder com o seu trejeito vocal: Xim. Quero uma chupinha. E aí, o Patife, educado, sentir-se-ia impelido a fazer-lhe a vontade enquanto ela teria de se amanhar com o carácter vinculativo da sua afirmação. Pareceu-me um guião digno de registo, com uma plausibilidade própria de um documentário do Michael Moore. Por incrível que pareça foi exactamente assim que tudo aconteceu e a sobremesa foi tomada sobre a mesa da casa da pequena. E que sobremesa tão saborosa. Ainda não tinha assumido aqui publicamente as minhas capacidades orais, até porque só vos conheço há pouco mais de um ano e eu sou um gajo reservado que não anda por aí a dizer tudo o que faz na cama. Mas sinto que já temos uma intimidade que me permite confessar-vos que o Patife é um carro alegórico da minetada. Um submarino do prazer. O Merlin da oralidade. Um mestre da lambuzice. O Lúcifer do grelo. Um guru do abocanhamento. Um mago da trombada. Um tornado da crica. Um ás da serpentina linguística. E em tantos anos de minetice nunca me tinha aparecido um suco de crica tão sublime. A gaja tinha uma pachacha tão doce que mais parecia ter sido extraída de uma plantação de cona-de-açúcar.

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