Bocariny
06.01.11
Ora a simpática leitora Storyteller sugeriu-me há um par de semanas que me debruçasse sobre o Surrealismo. Preferia que ela me tivesse sugerido um par de mamas debruçado sobre o realismo, mas pronto. Não se pode ter tudo. É que o Patife, já se sabe, não percebe nada de Surrealismo pois sempre se virou mais para o Movimento CuRealista. É mais realista e tem mais cus. O Surrealismo é muito abstracto. Já o CuRealismo é assim uma coisa mais apalpável, vá. Mas o Patife está habituado a agradar a gregas e a sacanas por isso foi para a biblioteca pesquisar. Na verdade até precisava de um pretexto para lá ir a ver se apanhava a nova bibliotecária. Não apanhei, por isso investiguei. E depressa cheguei à conclusão que se o Bocage e o Cesariny fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:
Em todas as ruas te monto
Em todas as ruas te monto
Em todas as ruas te espeto
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua fissura
que é de pau feito que eu ando
para te mostrar a dita dura
e lambo a mágoa com o nabo a dar
que te atravessa até à loucura
tanto, tão perto, tão real
que nem acreditas na envergadura
que toca no teu próprio elemento
num corpo que já não é teu
num orgasmo que reapareceu
onde o nabo meu te fura
Em todas as ruas te monto
Em todas as ruas te espeto
Em todas as ruas te monto
Em todas as ruas te monto
Em todas as ruas te espeto
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua fissura
que é de pau feito que eu ando
para te mostrar a dita dura
e lambo a mágoa com o nabo a dar
que te atravessa até à loucura
tanto, tão perto, tão real
que nem acreditas na envergadura
que toca no teu próprio elemento
num corpo que já não é teu
num orgasmo que reapareceu
onde o nabo meu te fura
Em todas as ruas te monto
Em todas as ruas te espeto