Bocarosa
22.09.11
Ontem aviei a sardanisca de uma moça com ar de rameira que se chamava Rosa. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e o António Ramos Rosa fossem um só haviam de ter saído pérolas literárias dignas de elevar a poesia contemporânea portuguesa. E se o António Ramos Rosa e o Bocage fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:
Não Posso Adiar o tesão
Não posso adiar o tesão para outro século
não posso
ainda que o meu nabo te sufoque na garganta
ainda que a tua chona estale e crepite e arda
sob bombadas pingentes
e montadas pingentes
Não posso adiar este marsapo
que é uma arma de dois gumes
ardor e ócio
Não posso adiar
ainda que o meu mastro pese séculos sobre as costas
e a ejaculação massiva demore
não posso adiar para outro século a minha picha
nem o meu fervor
nem o meu grito de satisfação
Não posso adiar o tesão