Bocaspanca
07.04.11
Aposto que assim que leram o título pensaram logo numa crónica em que o Patife espancava a boquinha de uma mocita com o Pacheco, não foi seus ordinarelhos devassolas? Não? A sério? Fui só eu então querem lá ver? Na volta fui. Mas não se trata de nada disso. O Patife gosta muito de espancar nalguinhas, isso já se sabe, mas ontem à noite uma ordinareca surpreendeu-me com uma súplica esfusiante atrapalhando-me o ritmo da martelada: Espanca-meeeeeee!, uivou para quem a quisesse ouvir. Por isso, hoje acordei a pensar que se o Bocage e a Florbela Espanca fossem um só haviam de ter saído preciosidades poéticas capazes de reforçar a qualidade da literatura nacional. E se o Bocage e a Florbela Espanca fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:
Ser Patife
Ser Patife é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Foder como quem beija!
É ter um nabo para usar como quem seja
Rei do reino do prazer e da dor!
É ter mil orgasmos e provocar ardor
É saber que toda a gente o deseja!
É meter bem dentro este mastro que flameja,
É aviá-las com garras e bico de condor!
É ter fome de pinar até ao Infinito!
Meter o elmo nas bordas de cetim.
E deixá-las loucas num só grito!
E é pinar, assim, perdidamente...
É ter calma e folhos abertos para mim
E não parar enquanto não aviar toda a gente!
Ser Patife
Ser Patife é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Foder como quem beija!
É ter um nabo para usar como quem seja
Rei do reino do prazer e da dor!
É ter mil orgasmos e provocar ardor
É saber que toda a gente o deseja!
É meter bem dentro este mastro que flameja,
É aviá-las com garras e bico de condor!
É ter fome de pinar até ao Infinito!
Meter o elmo nas bordas de cetim.
E deixá-las loucas num só grito!
E é pinar, assim, perdidamente...
É ter calma e folhos abertos para mim
E não parar enquanto não aviar toda a gente!