Bocavícius
12.05.11
Ontem conheci uma brasileira que tinha um vício de boca inigualável. Obviamente que o Patife é um tipo cordial que dá o nabo ao manifesto para ajudar a saciar os apetites que teimam em prosperar por essas bocas cheias de vícios. Por isso hoje acordei a pensar que se o Bocage e o Vinícius de Moraes fossem um só haviam de ter saído pérolas poéticas capazes de reforçar a qualidade da literatura transatlântica de língua portuguesa. E se o Bocage e o Vinícius de Moraes fossem um só teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:
Soneto do tesão total
Avio-te tanto, com o coração distante
Com tal tesão que nem parece verdade
Avio-te à bruta mas só como amante
Numa sempre diversa realidade.
Avio-te aqui desprovido de prazer prestante
E aviso-te além que não vou sentir saudade.
Afinfo-te, enfim, com grande liberdade
Sem promessas de eternidade a cada instante.
Fodo-te como um bicho, simplesmente
De um tesão sem mistério e sem virtude
Com um mastro maciço e permanente.
E de te aviar assim, muito e amiúde
É que um dia na tua chona de repente
Hei-de morrer de foder mais do que pude.
Avio-te tanto, com o coração distante
Com tal tesão que nem parece verdade
Avio-te à bruta mas só como amante
Numa sempre diversa realidade.
Avio-te aqui desprovido de prazer prestante
E aviso-te além que não vou sentir saudade.
Afinfo-te, enfim, com grande liberdade
Sem promessas de eternidade a cada instante.
Fodo-te como um bicho, simplesmente
De um tesão sem mistério e sem virtude
Com um mastro maciço e permanente.
E de te aviar assim, muito e amiúde
É que um dia na tua chona de repente
Hei-de morrer de foder mais do que pude.