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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

Cabeça de alho chocho

15.10.12

Estefim-de-semana estava sentado num miradouro junto a uma igreja quando meapareceu uma fotógrafa. Andava ali toda entusiasmada a fotografar a cópula daigreja e eu não resisti a dizer-lhe que se o entusiasmo fosse por uma cúpula naigreja eu até percebia. Olhou-me com desdém mas terá ficado curiosa.Entabulámos uma conversa ligeira em que eu disse muitas mais parvoíces dogénero. Ela ficou convicta de que eu era um gajo sem qualquer tipo de interesseintelectual e completamente vazio de espírito. O que não andará muito longe da realidade.Perguntou-me, já que eu era tãochico-espertinho, se recomendava algo de mais interessante naquela zonapara fotografar. Está bom de ver que me apressei a sugerir o meu nabo. É umapeça arquitectonico-nabal única e de grande valor quantitativo e qualitativo. Trateifoi logo de a avisar que precisaria de uma grande angular para fotografar esteportento fálico. Não deve ter gostado muito da sugestão pois ficou de trombas. Opior é que eu também fiquei de tromba feita. Meio irritada ainda chegou afirmarque me achava um cabeça de vento e que o exagero da minha retórica era tal queaté uma hipérbole se sentiria ofendida com o abuso. Apeteceu-me responder-lheque não é uma questão de eu ser falso ou mentiroso, que nunca deixo é que averdade estrague uma boa história. Mas preferi voltar a sugerir-lhe o Pachecocomo Património Mundial da Fotografia. Ela não o quis fotografar, estou convictoque por não ter a lente necessária. Mas o que é certo é que veio comigo para minha casa. Há justiças poéticas muito bonitas: Sei que elaficou a pensar que eu era uma cabeça de alho chocho. Mas também ficou a saberque se há coisa que eu não tenho é uma cabeça de caralho chocho.

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