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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

De quatros na mão

12.11.12

Já devoter confessado que gosto muito de jogar poker. Mas não é cá online. É ali, àantiga, com fichas palpáveis, olhos titubeantes e o prazer do controlo ou, pelomenos, da sua ilusão. Mas há algo que confere ainda mais magia ao jogo depoker: Mulheres a jogar. Aí, o domínio exerce-se primeiro sobre a mesa de jogoe depois sobre a cama do Patife. É uma equação simples e se forem bons a jogarpoker, experimentem e logo me dirão se não tenho razão. Este fim de semana fuipassear à Madeira e arranjei por lá um jogo de poker onde estava uma gaja podrede boa. Eu já cheguei ao jogo meio turvo porque assim que desembarqueiemborquei logo seis ponchas de enfiada. Acontece-me sempre isto assim que chegoà Madeira. Meto logo a pata na poncha. Mas adiante. Estão seis jogadores emjogo e quatro fazem um fold à mariquinhas, deixando-me sozinho com a boazonanaquela mão. Assim que penso isto, só imaginava era mão daquela safardana nomeu sardão. Por isso tive de me concentrar. Ela estava de peito cheio, coisaque me distraía as retinas das cartas, mas mesmo assim consegui ver o reflexode uma confiança sólida no seu olhar. A questão é que eu também tenho uma boamão, à custa de anos a domar o Pacheco, e sou temerário. Ou isso ou estavabêbado. Por isso faço all in. A sua cara rasgou-se num sorriso confiante, dequem me tinha acabado de enganar e acompanha o all in, mostrando a suas cartas.Um poker de quatros. Quando lhe mostrei o meu jogo superior, ela ficou com umolhar vago, de quatros na mão. Nem se deve ter apercebido da ironia da questãoquando no momento seguinte ficou de quatro na minha cama.

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