E pudesse eu pinar de outra forma
21.04.11
Admiro o Manel Cruz. Por isso custa-me um pouco subverter a perfeição lírica do homem. Manel, desculpa lá isto, pá. Mas do foge foge bandido ao fode fode patife vai apenas um jogo de palavras de distância. Por isso, deixem-me cá recordar os tempos de ornatos violeta e a subversão lírica que em tempos cantei à rapariga armada em virgem ofendida que ousou misturar a pureza do tesão com os conspurcados sentimentos de amor eterno, desregrando as normas da fodenguice. Manel, a sério, pá. Desculpa lá isto. É meter ali no play e ouvir o original enquanto se canta a letra do Patife por cima:
Ouvi gemer
Ouvi gemer e o teu tesão acabou...
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
eu não vou vê-lo em mim
se eu não tive a noção de ver nascer uma emoção
E ao que vejo, tudo foi para ti
uma estúpida emoção que eu nem senti
E eu fiquei com tanto p´ra pinar
E agora não vais achar nada bem
que eu pape a cona em raiva.
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
Ouvi gemer e o mundo acaba amanhã,
e eu tinha tantos planos p'ra depois!
Fui eu quem te levantou as saias
na pressa de ficarmos a sós
sem tirar das pinadas seu cruel sentido...
Sobre a emoção estar cega,
resta-me apenas o meu Pachecão
e um dia vais ser tu
ou talvez o teu cu
onde eu já fui
um dia vais assim foder
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
Sei que vais assim foder
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
E pudesse eu pinar de outra forma!
A pachacha está coberta
e alguém me mamou o Pacheco em toda a parte:
nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa mamada
repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga, ora doce…
Para nos lembrar que o amor é uma doença,
quando o que interessa é ter a picha dura