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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

Espanca-me (calma, é só poesia)

07.04.21

Há dias em que acordo quase soturno, à beira da melancolia, como que a escutar uma maré interminável de trovoada interior. É nesses dias que me viro para a poesia. E esta manhã acordei a pensar que se o Patife e a Florbela Espanca fossem um só, haviam de se ter espancado com palavras, “ora amargas, ora doces”, digladiando-se para as encaixar num poeminha lindo, cru e honesto que se elevaria nas escadarias da erotização poética nacional. Um poeminha mais ou menos assim:

Pinar

Eu quero pinar, pinar perdidamente!
Pinar só por Pinar, não interessa quem,
Mais esta e aquela, a outra e toda a gente...
Amar o momento e não amar ninguém!

Incrível? Inesquecível? É indiferente!...
Único, deslumbrante? Foi mal? Foi bem?
Quem disser que se pode mamar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma chona nova em cada alvorada,
É preciso cortejar e seguir a estrada,
Pois se me deram um sardão, foi pra pinar.

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite mais uma pinada,
Que me volte a foder, pra voltar a sonhar.

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