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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

Foder é fogo que arde sem se ver

01.03.18
Há manhãs emque ainda não abri os olhos e o primeiro pensamento que povoa a minha mente é logoespetar a minha gaita na primeira bardanasca que me ocorrer. Depois, sento-mena cama, recordo que pinei na noite anterior e penso que devia ter uma espéciede neutralizador de palato entre chonas. Tento recordar o nome da moça, nomeque gritei fervorosamente durante a noite, mas percebo que saiu da minha cabeçano momento em que ela fechou a porta de casa atrás de si. Penso de mim para mim:“Patife mau! Patife feio!” e viro-me para coisas bonitas e fofinhas como apoesia. Depois, imagino que se eu tivesse sido o editor do Camões, teriam sidocriadas verdadeiras pérolas da literatura nacional capazes de integrar oprograma escolar da língua portuguesa. E se isto tivesse acontecido, teriamsaído coisinhas poéticas lindas assim:


Foder é fogoque arde sem se ver;
É picha que mói, e tudo sente;
É espetar penetrantemente;
É dor que só se aplaca a foder.

É um não querer mais que só foder;
É um saltar de cona em cona permanente;
É dar-lhes sempre aqui com a batente;
É um amar que se ganha para depois se perder.

É querer espetar quando se tem vontade;
É servir quem aparece, qual conquistador;
É não acreditar numa cara-metade;

Mas como pode este ardor;
Nos corações femininos causar saudade;
E eu apenas sentir-me pecador?

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