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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

Roupa interior a rigor

17.05.11
Aprecio sobremaneira as mulheres que combinam a roupa interior com as restantes peças de vestuário. É uma delicadeza visual que valorizo. Mais do que o comportamento obsessivo-compulsivo que não permite tal incoerência cromática, uma mulher que se dá a esse trabalho mostra que sai para a rua preparada para tudo. Indicia arrojo e ambição, coragem e valentia, bom gosto e ousadia, além de mostrar que é uma grandessíssima porca que coloca como hipótese viável conhecer um gajo num momento e estar a despir-se no momento a seguir. Tudo pontos a favor, portanto. Mas no outro dia assustei-me. Encontrei-a a tomar um café no Chiado, ao balcão. Tudo ali fazia sentido visual. Até a gabardina condizia com o esmalte dos dentes. Uma sintonia perfeita que me levou a pensar: Cá está uma das que sai para a rua equipada a rigor para ser aviada com vigor. Qual não é o meu espanto quando, depois de devidamente conquistada pelo meu encanto natural, se começa a despir e a roupa interior não bate a gaita com a perdigaita. Uma rebaldaria gráfica, um desdém no momento de vestir, um “estou-me nas tintas” pedante que me afligiu os nervos, uma sobranceria na escolha da roupa interior, como quem diz que nem precisa de se esforçar para arrebitar o salpicão de um gajo. Um “venha quem vier” que eu chego e sobro para ele. Mas o Patife gosta que as mulheres no geral, mas sobretudo as mulheres que sabem que vão passar pelo Chiado, empreguem o máximo de dedicação na selecção da roupa interior para a eventualidade de virem a conhecer o Patife. Penso que é o mínimo da boa educação e da decência social. O aviso fica feito. A próxima que apanhar no Chiado com a roupa interior toda destrambelhada dos daltonismos será superiormente castigada.

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