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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

Telechona

14.12.10
Já não vou para novo. Por isso às vezes abate-se uma preguiça contagiante por todo o meu corpo, com excepção de trinta centímetros que tenho aqui em baixo. Ora isto abre um duelo entre as duas maiores cabeças desta casa: O Patife quer ficar em casa a descansar enquanto o Pacheco só pensa em ir laurear as pevides. Estávamos nós num debate épico de razão versus tesão quando o telefone toca. Não sei quem era porque não atendi. Mas aquilo deu-me uma ideia. Telechona! Por isso fui buscar a lista aveludada escarlate para escolher o alvo. Os olhos foram atraídos para o número da Luísa. Ora a Luísa, além de secretária, era chata, linguaruda, despropositada, ousada, fácil, de conversa intelectualmente pobre mas sabia mexer aquele corpinho como uma enguia com o cio. Por isso liguei-lhe. Ora a conversa que se segue foi acompanhada dos pensamentos do Patife, expostos entre parêntesis:

Patife: Olá Luísa... É o Patife.
Luísa: PATIFE! Como estás?
P: Olha, estou cá com uma preguiça...
L: Queres vir cá fazer uma sesta?
P: Comigo aí não era sesta... era festa.
L: E com tudo a que tens direito. Tudinho mesmo à séria.
(O "inho" irrita... o “à seria” segue-lhe os passos)
P: Isso se estivesses disposta a tudo... (Isto traz água no bico)
L: Sou uma mulher de muita disposição. O que tens em mente?
P: Bem... no outro dia estava eu a pensar em ti... (Sim é coisa que eu faço ano sim três anos não)
L: E que pensaste?
P: Dei por mim a pensar em entrar onde nunca entrei.
L: Curioso. Ainda ontem pensei nisso. Entrares onde nunca entraste. (Jackpot!)
P: Tu és demais. (Isso... dá-lhe graxa)
L: O menino é que é demais. (Sim. Sonso demais, manhoso demais...)
P: Agora deixaste-me excitado. (Bocejo)
L: Pensa só quando estiveres comigo então.
P: Hmmm... (Interjeição apenas para ela não perder o embalo da narrativa)
L: Assim que chegares é logo na cómoda da entrada.
P: Hmmmm... eu estou... enfim... estou...
(... estou a ver se levo a água ao meu moinho é o que é)
L: Estás maluco, não estás? Estou a corar, a corar e com uma mão na boca, sabes?
(Não arranjas nada melhor para pôr na boca? Assim de repente, sem grande esforço, surge-me uma alternativa)
P: Completamente. (Os advérbios são a maior bengala da língua portuguesa)
L: Como da primeira vez que te vi...é nervos. falando mal e depressa: Esfrangalhava-te. Adoro esta palavra.
(Eu não)
P: Vou tentar lembrar-me. (Ou não)
L: Anda e come-me na cómoda.
P: Na cómoda? Sim oh sim. (Parece-me é pouco cómodo)
L: E depois quero que me laves o corpinho todo.
(Pronto! Tinha de se esticar... com umas mamas daquelas era a noite toda)
P: Acho que tive um semi-orgasmo agora.... (As coisas
que um gajo tem de forjar para aumentar a confiança das mulheres)
L: Palavra? Não te controlas?
P: Contigo não... (Pronto... agora é que a fiz bonita)
L: Que loucura estas conversas contigo...
P: Contigo tudo funciona melhor. Aqui o tipo de baixo idolatra-te. Mas aqui o tipo de cima também te adora. (Uma no cravo...)
Aliás, está tudo ligado... (Esta é um clássico)
L: Ai kid, és estrondosamente fabuloso, é o que te digo. (Kid!? Kid!? Eu ouvi Kid!? Não. Ela não me tratou por kid. Não pode). Não me canso de te elogiar (Ah... kid era um elogio... porreiro)
P: Essa da cómoda como aperitivo sexual soa-me apelativa.
(Pois... cómoda à bruta... vamos lá mas é ao que interessa)
L: É uma ideia muito boa, não é? Agora estive bem! Está muito bem esgalhada. (E se deixasses de esgalhar ideias e passasses a esgalhar-me o nabo?). Eu tenho muitas ideias de coisas que tu nem nunca sonhaste. (É... o Patife é quase virgem)
P: Imagino. Eu também nem fiz assim tanta coisa. (A da donzela ingénua resulta sempre...)
L: E que tal no elevador? (Eu não disse!?)
P: Acho óptimo.
L: E logo o do meu prédio, parece-me bem apertadinho.
(Aquele sítio a que normalmente não vamos é que é apertadinho.)
P: Ainda vais enlouquecer-me. (Bocejo)
L: Tipo tu de pé, eu ao teu colo com as pernas na outra ponta. (Deixa-me só imaginar... e eu a suportar o teu peso todo, é isso? Porreiro)
P: Ufff estou com calores...
(De pensar em suportar o teu peso)
L: Eu não te digo que és perfeito para mim? (Para ti e para mais quantas?)
P: Já sabes que quando estou contigo esqueço tudo. Nada me preocupa pois tudo deixa de existir naquele momento. (Argh... que enjoo. Ainda bem que não apaguei da memória as comédias românticas consumidas na adolescência). São universos que não colidem.
L: Palavras sábias. Anda. Estou nua à tua espera.

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