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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

Uma de esguelha

20.04.10
Assim que a vi na esplanada percebi que estava possessa da pachacha. Olhava-me com tanto afinco de esguelha, mas tão de esguelha, que tomei aquilo como um convite explícito para eu ir esgalhar o pessegueiro. Esgalhei uma de esguelha, por causa das coisas, que eu sei como elas são picuinhas. Depois, já mais sossegado pelo esgalhamento preventivo, sento-me na sua mesa pronto para a conversa patifória. A coisa andava bem, ela prometia mundos e fundos e quem conhece aqui o patifezeco sabe que não olha a fundos. O meu bordalo já estava maior que um pinheiro. Mas quando chega a hora da verdade inventa uma desculpa: Estou naquela altura do mês. Apeteceu-me dizer-lhe: Ó filha, vira para cá a pandeireta que em tempo de guerra qualquer buraco é trincheira. Mas sou um Patife com nível e por isso disse-o na mesma. Ela não gostou e disse que eu tinha a boca suja. Muito suja. Ia ameaçar uma retaliação mas, nisto, levanta-se com ar de quem está com ardiúmes na patareca, pega-me na mão (se bem que havia sítios bem maiores para pegar) e leva-me para sua casa. Quando me despiu, olhou para baixo e fez uma cara de medo como quem pensa: Epá. Tenho aqui lenha para me queimar a crica toda. Talvez por isso, ou por ser mesmo verdade que estava naquela altura do mês, optou por começar a sugar-me na rosca a todo o vapor. No final despedi-me com um louvável agora quem é que tem a boca suja, quem é?

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