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Fode Fode Patife

Fode Fode Patife

Uma queca à Rui Santos

26.10.10
A vida não é só foder. Antes fosse. Mas não é. Por isso, de dez em dez pranchadas preciso de relaxar duas horinhas com um tema que me descansa o pincel: futebol. Mas não pensem que é a ver jogos. Isso dá-me sono. O que realmente me diverte é ouvir os comentários e as análises aos jogos de mentes que sofrem de delírios ainda maiores que o Pacheco. Mas de todo esse rebanho há uma personagem que me tira do sério: Rui Santos. Essa criatura que não a deve conseguir meter dura, fala e escreve para o público da bola como se estivesse numa tertúlia de nerds pedantes. Só que no meio do linguajar enfatuado dá umas bicadas de futebolês. É de um contraste inquietante ouvir um tipo falar de futebol como se estivesse a falar de neo-impressionismo francês para sobredotados. Eu até sou sobredotado, tenho uma picha impressionista e falo é coisa que meto em francesas. Por isso sempre tive a fantasia de ver uma das minhas pinadas analisada pelo grande Rui Santos. Nos meus sonhos mais ousados imagino algo assim:

Esta foi uma noite histórica. O Patife, convencido da sua inexpugnabilidade monástica, tentou manter a sua tendência exornativa com uma pranchada épica. O Pacheco, que deve ser arraçado de um proboscídeo, tal a capacidade trombil, teve um erro próprio dos neófitos e tentou meter o Rossio na boca da putesca. Um erro de cálculo que esfriou o ludíbrio geral pois ninguém gosta de ver uma flausina a comer de boca cheia. Mas é nas contrariedades que se vê a arte extemporânea pinadeira. Por isso o Patife emendou a mão. Puxou a sua jibóia do esófago da senhora e começou a preparar o sempre idiossincrático terreno pachachal. Meter no molhado parece simples mas não é para todos. Até porque a senhorita tem uma incomensurável brecha. Sorte a do Patife que não precisa de a rasgar com a sua flecha. Foi muito sagaz por ter começado com um movimento circular para conhecer os cantos à vaginosa mansão, sempre uma boa forma de dar confiança ao sardão. E com o sardão carregado de confiança foi mais fácil deixá-lo desprovido do suco divino lá onde a coruja dorme. Mesmo lá no buraquinho do canto superior esquerdo do rabo da cachopa.

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